20 de agosto de 2014

quarta-feira, agosto 20, 2014


Tudo em paz? Faz um tempo que andei sumido, e voltei querendo fazer diferente. Portanto, ao invés de resenhas individuais, decidi fazer um espécie de diário de leitura, onde comentarei as obras que lerei durante, o mês, semana, e, porque não, dia.


Morte Súbita (J.K. Rowling)

Editora: Novo Conceito
Páginas: 512
Ano: 2012

Na verdade, uma releitura. Só que como minha primeira vez foi numa versão em PDF, com espaçamento absurdo e tradução questionável, decidi investir numa releitura pois, apesar da opinião positiva e inabalável que tive da obra, achei aquela primeira experiência meio injusta (tanto pra mim quando pra Jo). Portanto, dessa vez tomei o cuidado de fazê-lo com a versão física e oficial, com página amarelada, capa numa textura emborrachada... a Novo Conceito realmente fez bonito! Sobre a história, nada mais a dizer

A história começa quando o conselheiro Barry Fairbrother morre subitamente de aneurisma e deixa uma vaga no conselho municiapal da cidadezinha interiorana de Pagford. Um das causas pelas quais Fairbrother lutava era a do povoado de Fields, uma comunidade menos favorecida localizada nas proximidades de Pagford. Agora, quem ocupar a vaga de Fairbrother terá um papel de peso na permanência ou não de Fields na legislação de Pagford. A eleição divide a cidade, e é então que conhecemos as famílias que, de bem estruturadas, só tem a aparência. Os temas abordados vão de rebeldia adolescente, conflitos entre pais e filhos, hipocrisia conservadorista, preconceito e negligencia contra os menos economicamente favorecidos até bullying, sexo, . Tem palavras de baixo calão e cenas um tanto desagradáveis de se ler, no sentido visceral da coisa. Morte Súbita tem um ritmo perfeito, enredo bem trabalhado. É um livro brilhante de uma autora brilhante, long live to the queen!



Laços de Família (Clarice Lispector)

Editora: Rocco
Páginas: 135
Ano:1960

Segundo livro que leio da Clarice, e meu primeiro livro de contos dela. Clarice é um caso a parte. Me inicie em sua obra com o romance de estréia, Perto do Coração Selvagem, mas recomendo a quem quer se aventurar no universo clariciano, comece pelos contos. Aquele livro é um choque. Com esse não é diferente, mas pelo menos com os contos dá pra dar uma respirada. A coisa com Clarice é que ela tem um estilo que até então me era inédito e, sinceramente, incopiável, que mistura a ação da historia com o pensamento do personagem numa espécie de epifania, numa conexão sincronizada que às vezes soa desconexa. Só depois descobri que essa técnica é chamada de fluxo de consciência, a qual Clarice é mestra. Os contos desse livro são fortes. Não tem como você se identificar, afeiçoar ou, na maioria das vezes, se incomodar com o que se lê aqui. Mas voltando à forma estilística da Clarice, apesar da dificuldade de acompanhar a narração em alguns momentos, concordo com o critério que a própria decretou para o entendimento de suas obras. É bem simples: não é questão de inteligência, ou toca ou não toca. A mim tocou.


Gravidade

Autoria: Tess Gerritsen
Editora: Rocco
Páginas: 384
Ano: 1999

Antes de mais nada, não, não se trata da versão romanesca do blockbuster da Warner que foi destaque no Oscar desse ano, apesar de terem uma história um tanto parecida. A história aqui é um pouco diferente: uma equipe de astronautas formado por pessoas de diversos países se vê em apuros após descobrirem um novo vírus alienígena, semelhante a uma simbiose, que mata vai matando seu hospedeiro a medida que se desenvolve. À partir daí, eles precisam encontrar uma cura e evitar que a doença se espalhe pela Terra. Legal, não? Gravidade é uma leitura rápida e sem floreios, num lance bem hollywoodiano mesmo. Parece até um roteiro romanceado de tão fluída e cinematográfica que é a linguagem. Gostei bastante. Descobri na nota no começo do livro que a autora é famosa e tem renome no gênero de suspense medico (???). O livro faz parte da coleção saraiva vira-vira, 2 em 1, e ainda não peguei no outro livro, O Clube Nefisto, que também me parece interessante. E, ah, a protagonista do livro se chama Emma Watson. É só.



Tokyo Babylon

Autoria: CLAMP
Editora: JBC
Volumes : 7
Ano: 1990-1993

Tokyo está perdida, e a culpa é dos próprios habitantes. Tão sério e preocupante quanto os problemas ambientais que culminados na metrópole, a impessoalidade e a frieza com a qual as pessoas se tratam acaba transformando a cidade numa espécie de Babilônia moderna. Em Tóquio, todos estão tão centrados em seus próprios problemas que não tem tempo para se preocupar com mais ninguém. Em meio a isso, Subaru Someragi, o último membro de um clã de onmyoujis,  tenta conviver a esses problemas junto de sua irmã gêmea Hokuto. Mas o que seria um onmyouji? É um espécie de exorcista e benzedor que resolve casos sobrenaturais, exorciza espirítos, purifica lugares... 
Enquanto Subaru é generoso, dócil e  muito ingênuo, Hokuto é mais espevitada e bem humorada. Inclusive é ela quem vive insinuando o irmão para cima do veterinário Seishirou Sakurazuka, que apesar da aparência de bom moço, tem um passado misterioso e sombrio. Esses momentos leves de Tokyo Babylon são intercalados com temas como bullying, espiritualidade, sexualidade, conflitos familiares, relacionamentos. Adianto logo: o final é trágico. Os sete volumes do mangá trazem uma crítica social bem pesada, e a analogia feita entre a capital japonesa e a cidade que, segundo as Escrituras, foi castigada por Deus devido a ambição dos homens, é entregue logo no início. Nota 10!


E vocês, já leram alguma dessas obras? O que acharam? Deixem comentário, dúvidas, opiniões aqui.

Até a próxima!

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