25 de abril de 2015

sábado, abril 25, 2015
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http://blogtemp.buqui.com.br/wp-content/uploads/2012/05/as-ondas.jpgNão sei por onde começar a falar d'As Ondas. 
Vou começar dizendo que minha primeira experiência com a técnica que chamam de "fluxo de consciência" - aquela se empenha em transpor a sinuosidade do pensamento humano na narração - foi com Clarice, e continuo deslumbrado com a quantidade de energia que esses livros demanda de quem se arrisca a lê-los. É literatura arriscada. Não dá pra sair impune.
Pois bem, voltando ao livro, ele nada mais é do que uma série de solilóquios intercalados desses seis amigos - Bernard, Louis, Neville, Susan, Jinny e Rhoda -, que vão contando de suas vidas, desde infância até a velhice. A transição de uma etapa para outra é marcada pelo avançar de um dia na praia, com o percurso do sol sobre o mar - e consequentemente, sobre as ondas do título. Como a Claire Scorzi disse no vlog dela, é um romance radical.
Concatenar a série de sensações que esse livro me trouxe não é tarefa fácil. Isso nem ao menos pode ser chamado de resenha. Perceba que estou me controlando para não falar bobagem. Mas, amparado na incerteza que eu senti com esse livro - porque até agora não entendi o que ele é-, sinto que qualquer bobagem ou genialidade pode ser igualmente perdoada. Sem equívocos, digo que Virginia Woolf é definitivamente uma sugadora de almas.
Esse livro me deixou um caroço.

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