11 de dezembro de 2015

sexta-feira, dezembro 11, 2015
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Talvez seja um despropósito tentar falar de Harry Potter nos dias de hoje, já que é difícil imaginar nada que ainda tenha sido dito da série. Mas fã é fã, e por maiores que tenham sido minhas tentativas, eu finalmente cedi e decidi trazer aqui no blog uma série de textos sobre cada volume da saga (que somam sete no total), de forma condensada para tentar soar o menos repetitivo possível (o que significa que as palavras “fenômeno mundial” estão totalmente fora de questão).

Harry Potter e a Pedra Filosofal é o primeiro livro da série, e de longe o mais inocente. A trama é um deleite: Harry é um garoto órfão de onze anos que vive com os tios perversos e o primo da mesma idade, que o maltratam sem piedade, até que um dia recebe a visita do meio gigante Hagrid e descobre ser na verdade um bruxo. E não um bruxo qualquer; um bruxo famoso, pois ainda bebê foi responsável por livrar o mundo da magia do terrível Lord Voldemort, que assassinou seus pais. Harry então embarca para estudar na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, onde aprenderá a fazer feitiços, poções mágicas e viverá toda a sorte de seres e acontecimentos extraordinários. Lá, faz amizade com o leal Ron Weasley e a esperta Hermione Granger, além de aprender a jogar Quadribol (esporte dos bruxos jogado em vassouras voadoras), derrotar um trasgo montanhês, conhecer professores legais e não tão legais assim, aprender a lidar com a fama e impedir que o Lord Voldemort retorne, já que no final das contas ele não estava tão morto assim.

Pedra Filosofal é o capítulo inicial da jornada de Harry pelo mundo da magia, e conta com uma narrativa é leve, econômica e episódica. Talvez o fato desse ser o capítulo mais abertamente infantil da série – o que é perfeitamente coerente numa história protagonizado por crianças de onze anos – contribua para que a história soe em alguns pontos mais como uma sucessão de aventuras superficialmente amarradas pela trama da tal pedra filosofal, capaz de tornar seu possuidor imortal, do que uma trama intricada em si. Nada que descredite o livro como espetacular, pelo contrário. É justamente esse tom mais escapista de Pedra Filosofal, com suas acontecimentos que se desdobram sem maiores complicações, que nos faz criar afeição – ou no caso de alguns, antipatia – pelos personagens, principalmente pela situação do próprio Harry, e dado o tom introdutório da história, e nos faz desejar receber a nossa carta de Hogwarts também.

O livro aborda temas e valores de uma forma natural sem cair no tom professoral do sermão, e a escrita leve e direta de J.K. Rowling contribui para que Pedra Filosofal triunfe como uma fábula moral sobre o bem x contra o mal, o amor, o valor da amizade e a auto-descoberta.

Harry Potter e a Pedra Filosofal é sem dúvidas um começo fenomenal de uma série capaz de nos emocionar independentemente da nossa idade ou de quantas vezes a relemos, assim, como se fosse magia.

2 comentários:

  1. Você apresenta o livro de uma forma extraordinária, mesmo depois de muitos anos de lançamento do mesmo e como você disse, depois de muitos já terem citado ele varias e varias vezes, a forma como você apresenta no desperta uma curiosidade em ler novamente, como se nunca tivesse lido. Parabéns.

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